Nobu Chinen , mestre em artes gráficas, pesquisador, historiador e professor de Histórias em Quadrinhos lança seu livro sobre os fundamentos da linguagem do mangá, os quadrinhos japoneses. A obra analisa como o mangá se desenvolveu ao longo da história e se estabeleceu em diversos países, mesmo sendo tão diferente dos quadrinhos feitos em outras partes do mundo.
O livro Linguagem Mangá Conceitos Básicos é uma decorrência das atividades do autor como palestrante e professor de cursos e oficinas ministradas no decorrer de vários anos. No livro, Nobu Chinen discorre sobre a arte e a linguagem dos mangás – que possuem uma infinidade de códigos linguísticos e imagéticos que foram sendo “tecidos” ao longo de séculos de arte, tradições, conflitos físicos e existenciais.
Os mangás têm peculiaridades exclusivas de estilo e linguagem que talvez tenham sido os reais motivos pelos quais eles tenham se tornado tão populares tanto no Japão quanto fora dele. Os elementos visuais narrativos do mangá – balões, onomatopeias e as metáforas visuais típicas dos quadrinhos japoneses, dentre outros – são explicados e exemplificados com reproduções de histórias de diversos autores japoneses. Esses elementos são características inerentes a uma forma toda própria que os japoneses criaram para criar suas histórias em quadrinhos e que estabelecem um código que necessita ser apreendido e decodificado para ser compreendido/apreciado pelo leitor. Linguagem Mangá Conceitos Básicos se aprofunda no que diferencia os mangás dos quadrinhos ocidentais e o que essas diferenças têm de tão especial para fazer com que leitores do mundo inteiro os consumam em níveis tão elevados.
Ilustrado com mais de 100 imagens, a obra faz um apanhado dos diferentes estilos de desenho dos mangás de acordo com o público-alvo e faixa etária e mostra também a influência do estilo japonês em autores de quadrinhos de outros países – especialmente no Brasil, que culminou com a Turma da Mônica Jovem, que segue bem o estilo mangá. A última parte do livro é dedicada à produção gráfica — com detalhamento sobre os limites dos suportes onde os quadrinhos são impressos e tudo mais referente aos processos gráficos e suas técnicas específicas, que o artista de HQs não pode ignorar.